terça-feira, 28 de junho de 2011

“A educação através do tempo e as propostas educativas da ONU/OEI/OEA com respeito às TIC na educação”



                                                        RESUMO

                                                            ¹ Elizete Monteiro da Silva Assis  
           A expansão tecnológica, rapidez dos avanços na área da informática e internet, contribuem para difusão das TIC, as quais têm uma aceitabilidade incrível.
 Influenciando a sociedade atual de maneira decisiva para o seu desenvolvimento. Atualmente toda sociedade tem se apropriado dessas tecnologias,tanto na administração publica quando na empresarial,chegando ate mesmo fazer parte da vida pessoal dos indivíduos.
          O uso  das TICs tem contribuído de forma positiva nas empresas entidades publicas ,no intuito de  agilizar e facilitar processos e relacionamento dos cidadãos e empresas,resultando assim em redução em economia de gastos e tempo.
          Hoje a grande maioria das empresas de media porte e todas de grande porte utilizam dessas tecnologias com forma de relacionar com seus clientes  através  de canais que permitem o usuário dar sugestões ,realizar reclamações,pagamentos e preenchimento de formulários e declarações online
          As TIC tem por objetivo proporcionar a cultura e formação indispensável da sociedade com vistas ao seu desenvolvimento,intelectual,econômico,social,propondo uma visão estratégica da mesma.Ultimamente não se pode mais pensar em viver sem utilização dessas tecnologias da informação,pois são elas responsáveis pela agilidade dos processos administrativos e educativos,bem como as informações de cunho estritamente pessoal.
 
 














¹Graduada em Pedagogia pela Unesc Cacoal, Pos graduada em Visão Interdisciplinar da Educação Unesc, Mestranda em Ciencias da Educação UNINTER.


1.       

                                                                                                                          INTRODUÇÃO
           
         A apropriação das tecnologias da informação e comunicação (TIC), na educação ainda não esta totalmente evidente,porem sabemos que as mesma não devem ser utilizadas com o simples  chavão de eficácia  na qualidade de ensino e nem tão pouco como mera tecnologia escolar,as TICs tem função primordial na educação,função esta de aprofundar os conhecimentos,proporcionando aos educadores ferramentas para conscientizar e dinamizar o seu trabalho,valorizando assim a atuação do profissional educador.
                Emergem na sociedade atual ,uma sociedade basicamente de informação,criando desta maneira a necessidade do professor ,ir em busca de conhecimentos  destas tecnologias,pois o educando,mesmo os das series iniciais,já a utilizam com certa propriedade,pois há no mundo globalizado uma necessidade  de exercer uma cidadania participativa,com um nova visão sobre a natureza dos saberes,valorizando o trabalho cooperativo,mas no entanto não necessariamente aquele do grupo de estudo em torno de uma mesa com livros e papeis,pois esta  cena por vezes muito útil já esta ficando arcaica,do ponto de vista da juventude que estão cada vez mais utilizando das bibliotecas ,museus e associações de apoio virtuais encontros grupais online chats entre tantos outros,por outro lado ainda temos professores que não sabem ligar o computador.
           È indispensável ter presente a utilização das TIC na educação,principalmente uma formação em serviço aos seus profissionais porque estas consistem em despertar e ensinar o  profissional  a utilizá-la com parte de escolarização  de suas atividades  com alunos , procurando adaptá-las aos seus objetivos. As TIC, na educação, nos proporciona  conhecimento profundo do mundo em que estamos inseridos enriquecendo o saber.
          Uma das características vitais das tecnologias de informação consiste pelo fato, de um único instrumento eletrônico de comunicação suportar um arsenal de informação possível de digitalizar, o que nos possibilita desde os “tradicionais” documentos de texto,  ate as imagens, áudio e vídeo.
         A divulgação de informação é realizada em poucos segundos e é enviada para vários locais ao mesmo tempo, ficando assim a ser útil para muita gente.As TIC desempenham um papel cada vez mais indispensável para o desenvolvimento do mundo.

2.      A EDUCAÇÃO ATRAVÉS DO TEMPO


            Aspecto fundamental da educação e seu processo histórico.


O homem pré-histórico.  A revolução educacional começa com a conquista grega, passando a ser entendida de forma mais racional. No intuito de compreender a educação aquariana começa uma análise reflexiva da educação do homem pré-histórico, especialmente embasadas nas experiências sensoriais, com fundamento em suas necessidades instintivas.
            A educação nas comunidades primitivas era uma educação empírica, onde visava um ensino das coisas práticas da vida coletiva, com enfoque na sobrevivência, eternizaçao dos padrões culturais, desta maneira  não existia uma educação confiada a uma instituição,ela acontecia espontaneamente através da convivência  grupal. São conhecimentos procedimentais onde se  aprendiam fazendo, inter-relacionando vida e trabalho.
A evolução da educação dentre as primeiras civilizações
            Originaria do grego escola scholé significando “lazer, tempo livre”.Termo esse utilizado devido na tradição Greco-Romana não haver valorização na formação profissional e os trabalhos manuais , era o ideal da educação grega era apenas formar os homens das classes dirigentes. O professor deveria ensinar os futuros governantes de acordo com a exigência da sociedade, sempre levando em consideração que estava formando  ocupantes dos altos cargos. O mestre filósofo era o responsável pela educação dos seus discípulos, em geral cinco e geralmente ensinava política, artes, aritmética e filosofia.
            Na Idade Média, a educação passa a ser responsabilidade basicamente dos mosteiros. E e neste momento que a educação ambienta-se na escola onde os religiosos se encarregam pela transmissão do conhecimento. A educação era elitizada, os nobres  preocupavam-se apenas  com suas riquezas, e acreditavam que o escrever era ocupação para  as mulheres, sendo assim desprezava a cultura. Porem com o surgimento do comercio surge  também a necessidade de aprender a ler, escrever e contar. A burguesia incentiva uma escola com ensinos práticos  para os interesses da classe emergente.       
          A origem da instituição escolar  esta relacionado ao surgimento e expansão  do capitalismo. Tal fato fica nítido ao observar que no período da Revolução Industrial (a partir de 1750), época áurea do sistema capitalista, nasce a necessidade vertente de mão-de-obra para operar as máquinas e  para tal função precisam ter uma instrução básica. A burguesia percebe  que a educação  pode ser aliada aos seus interesses econômicos. Adam Smith,um dos grandes teóricos do Capitalismo, inclusive defendia que a educação era um bem  necessário,porem e deveria ser dada em pequenas doses às massas.
         A burguesia enxergou a educação como uma arma poderosa para disciplina dos trabalhadores. Escola surge com funções ideológicas: onde o proletariado são educados em consonância com os valores e normas da classe dominante, abrindo assim um verdadeiro abismo social – preconceito e a discriminação,pois a escola deixa claro o papel de cada ator social  conforme sua classe de origem.
            E lógico que esta posição não e nitidamente enxergada  pelo proletariado ,massas, pois Escola sempre foi e é vista como uma instituição neutra que trata a todos de forma igual. Afinal esses interesses ficam implícito de forma subliminar.
            Sendo assim, podemos afirmar que a escola tem o poder de disseminar o pensamento ideológico de quem comanda a sociedade. Ou seja, o aparelho escolar está a serviço da classe que controla a sociedade.
        
O ensino integrado
            O ser humano tem uma certa resistência a mudança ,ao novo e desconhecido,por muitas vezes somos copia do meio em que estamos inserido,pois e mais cômodo ser e fazer o que nos e conhecido,a educação a qual falamos é um ensino integrado, pois até os anos atuais, ocorre como uma educação formal, educação oferecida pelos pais/familiares e por toda a sociedade.
               Isto leva à verdadeira educação do homem, já que não se pode evitar  um ser humano as experiências ou eventos que os rodeiam, pois isso faz parte de sua adaptação à sociedade a vida. As grandes civilizações americanas desde a época da conquista da América, os europeus tinham um objetivo, educação de qualidade ,diferenciada pra as pessoas que a classe dominante acreditava que era capaz de liderar e uma educação básica para os que deveriam perpetuar-se liderados.

3.       EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA ATRAVÉS DOS TEMPOS.


        Neste contexto nasce a EAD,no intuito de oferecer uma educação básica ,profissionalizantes ao proletariado,porem devido a explosão tecnológica,a necessidade cada dia maior de pessoas mais qualificadas ao trabalho começa a melhorar a qualidade de Educação a distância  processo este  mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente. Porem podem estar juntos virtualmente ou através das teleconferências,ou outras varias tecnologias.
            Na expressão "ensino à distância” a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância) e não a qualidade do ensino seja distante  a palavra "educação" é mais abrangente.

            A Educação a distancia  e o melhor ou ate mesmo o único caminho para milhares de pessoas,principalmente para aquelas que estão longe dos grandes centros,especialmente as da zona rural. uma possibilidade real que não somente oportuniza a educação mas que abaixa o preço dos custos e abre fronteiras. Não obstante, nem sempre foi desta maneira, foi inicialmente usado rádio, televisão, fitas adesivas magnéticas, a incorporação do computador entre outro; até chegar nas ferramentas de correio fotorreceptora 2.0 com que se iniciou uma era nova era de instrução a distância.
          Os fatores alavancou o nascimento  mais avançado da EAD  foram: os avanços sociopolíticos,avanços tecnológicos, a necessidade de aprender durante toda a vida, o desgaste dos sistemas convencionais, os avanços no espaço das ciências da instrução e as transformações tecnológicas.
            Hoje temos vários adjetivos a  educação - educaçao presencial, semipresencial (parte presencial/parte virtual ou a distância) e educação a distância (ou virtual). Vivemos na era dos adjetivos educacionais.
            * A presencial - é a dos cursos regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional.
            * A semipresencial acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias.
             *A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação.
            Atualmente a EAD toma grandes proporções na educação superior e pos graduação
            As tecnologias de comunicação avançam e da mesma forma avançam a educação a distancia,porem o quesito presencialidade também se altera, o que dantes era considerado presente aquele que estava de corpo presente em determinado espaço,agora e modificado pelo espaço,ambiente e redes de aprendizagens,podendo assim ter pessoas presentes,mesmo que seus corpos não estejam presentes, conceito de curso, de aula também muda. Hoje, ainda entendemos por aula um espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo e esse espaço, estão cada vez mais,flexíveis. O papel do  professor não se perdera ele continuara "dando aula", e enriquecendo  esse processo com as possibilidades que as TIC proporcionam: para receber e responder as duvidas e conclusões dos estudantes, criar listas de discussão e alimentar continuamente os debates e pesquisas com textos, páginas da Internet, até mesmo fora do horário específico da aula.
               Há uma necessidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços diferentes. Desta forma, tanto professores quanto alunos estarão motivados, entendendo "aula" como pesquisa e intercâmbio. Nesse processo, o papel do professor vem sendo redimensionado e cada vez mais ele se torna um supervisor, um animador, um incentivador dos alunos na instigante aventura do conhecimento.
            A EAD não foi pensada para  crianças, pela especificidade de suas necessidades de desenvolvimento e socialização, e inadimisivel que elas não tenham contato físico, da interação. Porem  cursos médios e superiores que constituem basicamente de adultos em busca de qualificação e especialização  na maioria das vezes em um campo de conhecimento que o mesmo já exerce uma profissão, o virtual, esta superando o presencial. Havendo uma grande necessidade de reorganização das escolas. Edifícios menores. Menos salas de aula e mais salas ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. A residências e os escritórios serão, também, lugares importantes de aprendizagem.

           

4.      A INTERNET COMO VIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA.

A Internet é uma rede mundial de computadores, hoje  é impossível viver sem este instrumentos necessário ao recolhimento e divulgação da  informação que se necessita. Permite ao utilizador pesquisar alem de texto,,vídeos,imagens,musicas,videoclipe,importar ficheiros,realizar compras divulgar paginas pessoais e muito mais.
Para Veiga  A Internet   pode ser um complemento ao ensino “tradicional” que pode ser efetuado  de diversas formas, de acordo com a natureza e complexidade das matérias a ensinar .
A internet liga quem ensina de quem aprende,e para tal utiliza de vários recursos os mas utilizados  são as páginas Web, o correio eletrônico, os chats e os fóruns de discussão. Vejamos alguns exemplos de cada recurso:
 Uma página Web é um documento feito numa linguagem interpretável por um Browser (navegador).
O correio eletrônico é um sistema de transmissão de mensagens através do computador.
 O chat é um serviço da Internet que permite a dois ou mais utilizadores de um serviço em linha conversar (chat) através do teclado em tempo real.
 Fórum  de discussão é uma forma de interagir informação através da Internet. Espaço no qual possibilita varias pessoas deixar mensagem,comentários sobre determinado assunto.

5.       TIC - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

As TIC’s assumem cada vez mais um papel destacado na Sociedade atual. O combate à info-exclusão deve ser praticado nas IES, dando igualdade de oportunidades aos alunos, no acesso às novas TIC’s. As TIC’s são utilizadas na educação com objetivos e formas de exploração distintas. A mais comum será a sua utilização em contexto de sala de aula, como suporte às atividades de ensino.
Existem variadas situações que podemos integrar essas novas tecnologias a educação ,computadores,internet são excelentes fermentas em favor da aprendizagem,podendo ser usado com material de apoio e também como estratégia de motivação a aprendizagem.
Nem sempre a exposição teórica dos conteúdos programáticos são suficientes para a compreensão dos mesmos e, por vezes, basta uma seqüência de imagens ou um pequeno vídeo para substituir um grande conjunto de palavras, aumentando o nível ou grau de compreensão dos alunos, a sua atenção e motivação (Veiga & Pimenta, 2002).


5.1  A incorporação das TIC no sistema educativo

No caso da incorporação das tecnologias da informação e comunicação às escolas e, mais especificamente, às atividades de ensino, as metas fixadas pelos países atraves da ONU,OEA,OEI foram organizadas em dois grupos:
 1)  Relacionam com o desenvolvimento da infra-estrutura e o equipamento das escolas
 2) Questões que tem haver com as definições pedagógicas necessárias para definir o sentido de seu uso nos contextos escolares.
Há também países que definem metas para o acesso a recursos tecnológicos do pessoal diretivo e docente, e para a conexão dos estabelecimentos educacionais à Internet. Também são estabelecidos padrões de competência no uso das TICs para todos os níveis e promove-se a renovação dos projetos educacionais institucionais de todas as escolas para adaptá-los a essas mudanças.



Propõem-se a reduzir o abismo existente na infra-estrutura digital da educação pública, procuram baixar a taxa nacional de alunos por computador, almejam a disponibilização de computadores portáteis e projetores em todas as escolas, proporcionando as escolas  uma rede Digital de Educação com acesso à banda larga. Para viabilizar e dar sentido a esses esforços propõe-se, além disso, avançar na elaboração de textos impressos com versão digital em formato de hipertexto, o desenvolvimento de conteúdos através de um portal específico e cobrir a maior parte das necessidades de conteúdos pedagógicos do currículo com novas ferramentas de ensino e aprendizagem digitais.
Determinados países estabelecem uma associação entre as tecnologias  da  informação,
a comunicação, a educação e a educação a distância baseada em formatos tradicionais como a televisão. Com este objetivo propõe-se formar um determinado número de professores e de técnicos que compreendam melhor o uso das TICs.
A OEA acredita que esta seja um forma de  realmente minimizar as diferenças sociais,pobreza exclusão social e digital,melhorando assim a qualidade de vida dos cidadãos . As TIC’s, não resolvem todos os males, mas podem marcar a diferença. Com a computação e as telecomunicações podemos ter imagens de uma videoconferência, páginas em html dinâmico, vídeos, animações ou ainda aplicações realizados em complexas linguagens de programação. Enfim, o Mundo está ali para ser observado, consumido e manipulado, portanto, utilizar um sentido, dois ou todos é apenas uma decisão programática, tal como é indiferente o cenário onde se passa a ação: ensino a distância, presencial, misto, alternância, rede, aulas virtuais, por satélite, etc…(A. A. Fernandes, 2004). O mais importante será a nossa capacidade de interatuarmos sobre a percepção, e sobre as emoções




6-      PROPOSTAS EDUCATIVAS DA ONU/OEI/OEA COM RESPEITO ÀS TIC NA EDUCAÇÃO.

A 48° Conferência Internacional da  UNESCO sobre a Educação (CIE), em novembro de 2008, faz referência ao Artigo 26 da Declaração Universal de Direitos Humanos, das Nações Unidas, que determina que todas as pessoas têm o direito à educação. Concordamos com a afirmação da CIE que a educação inclusiva é fundamental para alcançar o desenvolvimento humano, social e econômico.
Em resposta às necessidades específicas de aprendizagem de jovens e adultos, os currículos foram inovados em diversos tópicos. Em alfabetização e outros programas de educação de adultos, a questão de gênero tem sido predominante e isso tem causado impactos na liderança e participação das mulheres nos processos de tomada de decisão. Os programas que tratam HIV/Aids também têm sido promovidos, assim como programas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs) e Educação a Distância e Aberta (EAD), integrados em desenvolvimento de programas de alfabetização e educação básica e vários outros setores de desenvolvimento, tais como saúde e nutrição, microcrédito, direitos humanos e cidadania, usando uma variedade de metodologias de participação.
Em relação à necessidade de uma avaliação mais eficiente, o monitoramento e avaliação em educação e aprendizagem de jovens e adultos levaram a inovações na validação da aprendizagem anterior e o reconhecimento do saber e habilidades obtidas pelo processo de educação não formal.
Essas estruturas reconhecem que é necessário implementar sistemas de validação de aprendizagem, os quais são equivalentes aos sistemas de educação formal. Independentemente de onde e quando a aprendizagem acontece, tais estruturas asseguram uma justa equivalência entre a aprendizagem formal e não formal, capacitando os alunos às diversas formas de acesso à educação e conseqüentes oportunidades de trabalho e aprendizagem ao longo da vida.
Todos esses avanços acontecem de forma isolada. Eles precisam ser trabalhados por meio de políticas eficientes para sua implementação (incluindo planejamento, financiamento, sustentabilidade, parcerias e redes de contato, monitoramento e avaliação) dentro e entre os países. Além disso, grandes desafios permanecem.
Reconhecendo a grande importância das competências relacionadas à alfabetização, linguagem, operações matemáticas básicas, aspectos sociais, TICs, e à educação técnica e profissionalizante (VET, Vocational Education  nd Training) como parte de estratégias de aprendizagem ao longo da vida, na região Paneuropeia e em outras regiões do mundo, e tendo em vista as novas demandas nessas competências recomendamos atenção especial para:
• o apoio às pessoas que precisam manter e melhorar as competências de alfabetização, linguagem, matemática e de TICs como ferramenta-chave para o empoderamento pessoal, a inclusão e a estabilidade econômica;
• a continuidade no processo de aprendizagem após a aquisição das competências de leitura, e sua manutenção e aplicação nos contextos pessoais, sociais, da saúde e do trabalho;
• o impacto intergeracional e benefícios da alfabetização familiar;
• a realização de esforços no sentido de assegurar que a aprendizagem e educação de adultos reflitam as metas da Educação para Todos (EPT) e os objetivos da Década das Nações Unidas para a Alfabetização (UNLD) como plataforma internacional para fortalecer as ações de alfabetização.
 
Dada a diversidade da estrutura e da capacidade da aprendizagem e educação de adultos no desenvolvimento da região, recomendamos que a UNESCO desenvolva, em um portal da internet, um modelo de indicadores de participação e continuidade que os países possam utilizar para mensurar as mudanças, avaliar as transformações ao longo do tempo e compartilhar boas práticas com os outros países. Tais indicadores poderiam incluir:
• taxas de participação na educação de adultos e seu crescimento específico entre os grupos sub-representados;
• medidas apropriadas para adultos que necessitam melhorar suas habilidades e competências de alfabetização, linguagem, matemática e de TICs; e
• medidas apropriadas para satisfazer as expectativas de cada adulto para melhorar suas habilidades, competências e/ou qualificações para o trabalho.

Quaisquer resultados de aprendizagem, independente de sua forma ou local, devem ser reconhecidos e validados. Isso deve acontecer no contexto dos sistemas coerentes subnacional
e/ou nacional. Convocamos a UNESCO a apoiar todas as iniciativas dessa área.
Políticas, estruturas e medidas para assegurar a qualidade da aprendizagem devem ser desenvolvidas. É necessário desenvolver, dentro do possível, perfis de competências para os profissionais da educação de adultos, bem como, uma abordagem sistemática para o desenvolvimento profissional inicial e continuado.
Neste contexto, a educação superior, juntamente com outros provedores, te m papel fundamental a desempenhar.
            Na América Latina, aí se incluindo o Brasil, ainda encontramos uma grande massa de iletrados. Segundo critérios adotados pela Organização das Nações Unidas-ONU (Soares, 2003), alfabetizado é aquele que lê, seleciona informações e as utiliza em situações do dia-a-dia. Letrado é aquele que vive em estado de letramento, não é o que sabe apenas ler e escrever; é aquele que é capaz de usar socialmente a leitura e a escrita. Para Chartier (2002, p. 112), no entanto, em função da disseminação das tecnologias de informação e comunicação (TIC), “é grande o risco de um novo ‘iletrismo’, definido não mais pela incapacidade de ler e escrever, mas pela impossibilidade de ascender às novas formas de transmissão do escrito”.
Mas o que é ler? Poderíamos apresentar diversos conceitos; aqui, porém, utilizaremos dois: o de Silva (2000, p. 96), para quem “o ato de ler envolve apreensão, apropriação e transformação de significados, a partir de um documento escrito” e o de Villardi (1999, p. 4), no qual se admite que “ler é construir uma concepção de mundo, é ser capaz de compreender o que nos chega por meio da leitura, analisando e posicionando-se criticamente perante as informações recolhidas”. Portanto, ler é muito mais do que decifrar códigos; é, principalmente, estabelecer conexões, condição primordial de existência no mundo contemporâneo.
Com a Internet os leitores estão sendo desafiados por um novo tipo de leitura, proporcionado pela navegação em hipertextos, onde as informações são apresentadas através de uma rede de nós, interconectados por links, que podem ser acessados livremente (Ramal, 2002). Assim, a linearidade textual, surgida com o aparecimento da escrita e que teve papel determinante no pensamento ocidental até hoje, deixa de ser o padrão básico de escrita. Hoje, parece ser pertinente dizer que ler é mergulhar nas malhas da rede, é perder-se, é libertar-se, na medida em que a linearidade dá lugar ao hipertextual, ao móvel e flexível, à interatividade que permite conectar temas e idéias em duplo sentido: escolher links e produzir inferências (Correia e Antony, 2003).
 Tendo em vista que a leitura em suporte virtual vem sendo muito utilizada nas situações de educação a distância (EAD), nos propomos pesquisar como se dá este processo, quando realizado por leitores em contexto de formação dirigido à docência, e, neste sentido, formulamos as seguintes questões de estudo: a) que dificuldades esses leitores encontram na leitura apoiada por suportes virtuais?; b) que vantagens e desvantagens são apontadas em relação a essa leitura? Acreditamos que a investigação oferece subsídios a educadores que usam o computador e a internet no ensino, especialmente na formação docente, e que valorizam a leitura crítica em qualquer área.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
           A utilização das tecnologias para melhorar a qualidade educacional  minimizar a exclusão social na educação toma duas maneiras . A primeira é o uso de tecnologias para promover a inclusão social em termos de oportunidades e resultados educacionais. Há muito, as TIC são estratégias particularmente apropriadas aos cidadãos no intuito que desenvolvam papéis ativos na melhoria das perspectivas educacionais. Fundamentalmente, oferecem caminhos nos quais indivíduos “previamente marginalizados” “possam participar melhor” da educação (Schofield Clark, 2003, p. 98). Afinal, formas de educação “intrinsecamente eqüitativas, descentralizadas e democráticas” (Graham, 2002, p. 35) foram previstas por muitos analistas, com indivíduos (especialmente jovens) tecnologicamente re-posicionados em seu centro e não mais em sua periferia. A segunda é o uso da educação para garantir a inclusão social em termos de oportunidades e resultados tecnológicos. Sendo assim, instituições educacionais como as escolas, as faculdades, as bibliotecas e os museus propiciam um acesso às TIC, uma vez que  a formação   tecnológicas fornece aos cidadãos capacidades  necessárias para  melhor aproveitar as TIC.
               As competências reconhecidas como essenciais à vida contemporânea (como a comunicação, a refletividade, o trabalho em equipe, a adaptabilidade e assim por diante) são fundamentadas por práticas e contexto não-tecnológicos.
             Entretanto, o fato é que as TIC oferecem um contexto integral para essas ações. Embora, o uso das Tecnologias de informação e comunicação  não ser fundamentalmente requisito de sobrevivência  no mundo  do século XXI, é  elemento integral indispensável  prosperar na sociedade deste século. Para muitos pesquisadores e analistas, isso   aplica melhor à educação e ao aprendizado do que a qualquer outra área.
           Em suma as tecnologias de informação e comunicação veio expandir ,melhorar contribuir com a  educação sendo ela presencial ou a distância,oportunizando as pessoas que  não poderiam ter acesso a educação qualificar-se profissionalmente e integrar o mercado de trabalho,a ter condições igualitárias ao acesso as informações.

BIBLIOGRÁFIA
LANDIM, Claudia Maria Ferreira. Educação a distância: algumas considerações. Rio de Janeiro, s/n, 1997.

LUCENA, Marisa. Um modelo de escola aberta na Internet: kidlink no Brasil. Rio de Janeiro: Brasport, 1997.
  
NISKIER, Arnaldo. Educação a distância: a tecnologia da esperança; políticas e estratégias a implantação de um sistema nacional de educação aberta e a distância. São Paulo: Loyola, 1999.

 
Texto do Ivonio de Barros: Noções de Ensino a Distância: www.intelecto.net/ead/ivonio  [acedido em 16/11/2009].
  
Eduardo Chaves. Ensino a Distância: Conceitos básicos em:

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